Em um momento em que a grande maioria das empresas tem investido em formas de se diferenciar no mercado, pensar em soluções que deem rapidez e eficiência para os processos é essencial - e, como veremos, o push back é uma delas. É isso o que pode não só proteger o seu negócio, como também dar a ele condições para prosperar.
Nessa lógica, precisam ser entendidos elementos como matérias-primas, estoques, entre outros. Afinal, são eles que podem alavancar os processos desde que estejam devidamente controlados.
Para tanto, é válido pensar em estratégias. Como você costuma organizar o seu armazém? Existe um método específico para isso? Saiba que existem meios para sofisticar e muito a sua armazenagem. Um exemplo é a estrutura push back. Saiba mais sobre ela na sequência.
O que é o push back?
A estrutura push back nada mais é do que uma estratégia de otimização de espaços. Com ela, é possível organizar a logística de uma empresa de maneira eficiente, evitando erros e desperdícios.
Na prática, a ideia é que exista um sistema. Ele segue uma metodologia chamada UEPS, que, em resumo, faz com que o último produto a entrar no estoque seja o primeiro a sair (Último que Entra, Primeiro que Sai). Assim, existem estantes de armazenamento de produtos paletizados que seguem essa metodologia.
Dessa forma, paletes de mesmo nível podem ser alocados em um espaço. Essa vaga vai se deslocando por impulso sobre os perfis de rodagem. Como eles contam com uma inclinação mínima, de maneira que a parte da frente seja mais baixa do que a de trás, os paletes da frente sempre avançam quando o mais próximo do corredor é retirado.
De maneira geral, essa metodologia conta com carrinhos sob trilhos ou roletes para que a ação da gravidade faça as cargas se movimentarem.
Não por acaso, o push back costuma ser uma solução útil para as empresas que recorrem a ele para otimizar seus espaços.
Como o push back funciona
Existem dois tipos de push backs: os que funcionam sob carrinhos e os que funcionam sob roletes. No caso do primeiro tipo, paletes são colocados sobre os carrinhos que vão se movimentando. Esse movimento acontece em profundidade, a partir de um impulso inicialmente dado na estrutura.
Assim que o último palete armazenado sai, os outros se movimentam no sentido do corredor. A ideia é que eles sejam retirados com maior facilidade quando for o momento certo. Neste modelo, a entrada e saída de produtos ganha em eficiência, permitindo à empresa acelerar seus processos.
Já no caso do segundo tipo, o chamado push back sobre roletes, no lugar dos carrinhos são colocados roletes transportadores. A grande diferença é que os paletes entram e saem sempre pelo mesmo lado. Este, geralmente o mais estreito, permite que as ripas inferiores se apoiem perpendicularmente sobre os roletes. Como resultado, temos um deslocamento facilitado em relação ao primeiro tipo.
Ambas as soluções conseguem otimizar as ações dentro dos armazéns e centros de distribuição das empresas. É que, com elas, é possível criar um meio para fazer uso mais racional dos espaços e gerar uma dinâmica mais produtiva para as ações do dia a dia.
De maneira geral, contar com o push back é uma forma de fazer com que a empresa ganhe em eficiência, justamente por criar uma ordem na organização de ativos internamente.
As principais vantagens de trabalhar com o push back
Existem vários motivos para adotar esse modelo. Entre os principais estão a utilização mais racional dos espaços, a agilidade operacional e a simplificação dos produtos armazenados.
Isso ocorre porque o push back oferece compactação, permitindo que os espaços sejam aproveitados em altura e profundidade. Dessa forma, ele é um recurso estratégico para melhor aproveitamento de espaço na empresa. Em comparação com outras soluções, como o porta-pallets, o push back conta com um número bem menor de corredores necessários para movimentar as empilhadeiras.
Quanto à agilidade operacional, essa estrutura também apresenta vantagens em relação às demais, especialmente quando comparada com estruturas blocadas. Isso porque, como ela deixa sempre o último palete armazenado perto do corredor de abastecimento, o tempo exigido para que a operação seja concluída é menor. Ao mesmo tempo, a eficiência dos operadores se torna maior.
Comparando com o modelo drive-in, uma das vantagens do push back está na maior seletividade. O push back conta com uma pista de carga que tem uma inclinação leve, dando ao operador o controle sobre a velocidade de saída de cada palete.
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Dessa forma, assim que um sai, os demais caem de maneira automática. No fim, fica sempre um na parte da frente, tornando o modelo mais seletivo do que no drive-in. Para empresas que precisam de maior densidade de carga, essa é uma solução fantástica.
Em que situações é ideal aplicar essa estrutura
Empresas de diferentes setores podem se beneficiar dessa estrutura na organização de seus processos internos. O push back é, na realidade, uma sofisticação que, certamente, cria diferenciais em um momento em que empresas têm buscado soluções para se diferenciar da concorrência.
A questão é que o push back pode ser a solução perfeita para quem pretende aproveitar ao máximo o seu espaço disponível. Isso diz respeito tanto à empresa menor, que já não consegue mais se organizar adequadamente por conta dessa limitação, quanto à empresa maior, nas quais esse tipo de estrutura permite melhores possibilidades para o armazém.
Isso porque o push back valoriza não só a profundidade, como também a altura no processo. No geral, o push back é uma forma de usar a área disponível de maneira estratégica no negócio. Logo, o impacto dessa solução tende a ser significativo, independentemente do porte da empresa.
Empresas que precisam, por exemplo, melhorar o fluxo de empilhadeiras e circulação em geral precisam ter nessa estrutura uma forma de disponibilizar quantidade maior de endereço aos paletes.
Em resumo, essa estrutura aparece como solução para o problema do espaço, tão comum em boa parte das organizações presentes no mercado.
Enfim, entender o estoque como elemento essencial para a sua empresa é importante para qualquer empreendimento. Só que é essencial ir além disso e contar com soluções para aperfeiçoar a gestão de estoque. Dessa forma, sua empresa pode otimizar os processos e aumentar sua lucratividade.
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Como um sistema de gerenciamento de estoque pode ajudar na gestão
O push back é uma estrutura que permite a você otimizar os espaços no seu estoque. E ela costuma dar certo, permitindo que as empresas atuem de maneira mais sofisticada no dia a dia. Especialmente se contarem com um controle maior de seus registros de entradas e saídas. É nesse sentido que um sistema de gerenciamento de estoque aparece como solução. Com ele é possível não só registrar adequadamente, mas também fiscalizar os dados necessários.
O sistema de gerenciamento de estoque permite que a gestão:
- identifique com facilidade os itens mais e os menos vendidos;
- faça a estimativa de saídas futuras;
- controle melhor as informações recebidas e passadas para os fornecedores;
- centralize informações para simplificar o acesso e posterior análise.
Em resumo, são vários benefícios que surgem em função de uma automação no controle dos registros.
Consequentemente, essa é uma solução que diminui a incidência de erros, uma vez que elimina os fluxos manuais. Vale lembrar que quando existem muitas falhas no controle de estoque, a tendência é que ocorram perdas em termos financeiros. Logo, com um software de gerenciamento, a automação torna-se o diferencial do controle de estoque na empresa.
Isso sem citar a possibilidade de os responsáveis acompanharem de maneira integral cada um dos processos. No fim, esse recurso pode ser especialmente interessante também para melhorar a tomada de decisão dos gestores.
A importância de modernizar a relação com o estoque
A atenção aos diferentes processos que fazem parte do dia a dia da empresa deve ser constante. Tanto em relação à parte técnica quanto em relação à parte estratégica. Quando consideramos o estoque, esses dois elementos podem ser compreendidos à luz de uma estrutura como o push back e da implementação de um sistema de gerenciamento de estoque.
A combinação desses dois diferenciais pode dar o ar de modernidade que qualquer organização precisa para ter sucesso. Só que além disso, ela gera resultados. O controle mais preciso dos dados que entram e que saem, a possibilidade de tomar melhores decisões a partir desse entendimento e a simplificação da ação da equipe e dos equipamentos certamente é algo que impacta positivamente o dia a dia de qualquer empresa. Em especial, as que atuam no setor industrial e que movimentam um volume maior de ativos.
Vale lembrar também que a sua equipe deve estar devidamente preparada. Não apenas para assimilar a inserção de novas tecnologias no dia a dia, mas também para se adequar às constantes inovações que surgirem com o tempo. Por isso, invista sempre em treinamento para fazer dele outro elemento especial na construção do seu sucesso.
Além das dicas citadas, vale a pena pensar em meios para fazer da gestão de estoque um dos principais ativos do seu negócio.
Comece estabelecendo como será a sua política de estocagem. Isso é especialmente relevante se existe sazonalidade no seu negócio. Dessa forma é possível alinhar a produção com a oferta de cada momento. Uma orientação importante é definir níveis máximo e mínimo de mercadorias em estoque e padrões de organização para as mercadorias, como o push back.
Em seguida, não deixe de otimizar os procedimentos de compras. É útil alinhar essa prática ao histórico de vendas e demandas identificadas. Isso ajuda a equipe a identificar produtos obsoletos para eliminar custos desnecessários com o armazenamento deles.
Outra medida importante é preparar um orçamento para o estoque. Assim, com certa antecedência, é possível lidar com imprevistos e controlar melhor as eventualidades do caixa. Para tanto é preciso considerar custos como o de aquisições, de armazenamento, de movimentação, de transporte, entre outros.
Calculando o volume de giro e adotando a classificação ABC, você também pode avançar no controle dos ativos. O volume de giro permite que a identificação da velocidade de giro de estoque em um período específico. Assim, com a relação entre tempo e quantidade de mercadorias movimentadas é possível entender quais produtos rendem mais e quais rendem menos para os cofres da empresa de acordo com o giro.
Já a classificação ABC te dá parâmetros para classificar os produtos de acordo com sua participação no negócio. Assim, seus produtos de maior movimentação podem ser classificados como A, sendo seguidos pelos de categoria B e C. A ideia é que aqueles com maior demanda sejam prioritários. Isso ajuda você a reduzir custos com movimentações internas, além acelerar processos logísticos e diminuir a perda de tempo dos colaboradores.
Transforme a política de estoque da sua empresa
Entender o estoque é estabelecer critérios para lidar com ele. Isso faz a diferença no mercado. É preciso, acima de tudo, contar com um método realmente eficaz para que a cadeia de suprimentos não seja afetada seja por desperdício, seja pela ausência de itens. Esse tipo de problema, que geralmente é fruto da desorganização empresarial, costuma estar por trás de dificuldades para disputar espaço no mercado.
É por isso que uma metodologia para otimização do estoque é tão importante. Entendendo que existem caminhos a serem seguidos e preparando sua equipe em função deles, a tendência é que os processos sejam simplificados e que os padrões estabelecidos sejam úteis também para questões mais estratégicas, como a geração de dados sobre as entradas e saídas de mercadorias.
É nessa lógica que o push back se apresenta como um método interessante para o seu armazém. Como ele funciona como um modelo simplificador de otimização de espaço, todos os processos que antes poderiam demorar mais tempo e consumir mais energia, podem ser facilitados.
Não é à toa que o push back é indicado para quem deseja tornar o uso do espaço do armazém algo mais estratégico para o empreendimento.
Agora que sabe o que é o push back e como ele funciona, confira o passo a passo de como organizar a sua logística de distribuição.