Encontrar meios para sofisticar os processos realizados pela sua empresa é o primeiro passo para fazer com que ela opere no máximo do seu potencial, e um deles é o picking. Somente assim você tem como se diferenciar no mercado e apresentar soluções realmente interessantes para o seu público.
De maneira geral, isso não é difícil de ser feito: basta se dedicar ao estudo das técnicas e ferramentas utilizadas pelos líderes de mercado. O fato é que são esses recursos que dão a eles condições para prosperar e se manter no topo.
Saiba mais sobre o picking e como aplicá-la na realidade do seu negócio.
O que é o picking
O picking é um processo logístico. Também conhecido como order picking, ele representa a atividade na qual a empresa cuida tanto da separação quanto da preparação dos pedidos que são realizados pelos clientes. Assim, ele serve para que haja uma organização no trabalho com o estoque de produtos, de maneira que a coleta siga critérios como quantidades, validade e categoria dos produtos.
Ter uma estratégia para fazer esse tipo de trabalho é fundamental, uma vez que isso ameniza e até elimina o risco de problemas, como o atraso nas entregas ou o recebimento de mercadorias do jeito errado.
Entendendo que o picking é um processo logístico, fica mais fácil considerar as diferentes formas como ele pode ser aplicado. A regra é a empresa criar meios para simplificar o atendimento das demandas dos clientes. E isso, geralmente, se concentra em 4 etapas dentro do processo de picking, são elas:
- Localização do produto;
- Coleta;
- Movimentação e;
- Registro do que foi feito.
Leia também: 5 dicas para melhorar separação e expedição de pedidos
Os tipos de picking
No geral, existem 4 práticas de picking que são mais comuns nas empresas: o picking discreto, por onda, por lote e o picking por zona. Entender esses sistemas é de grande importância para que você saiba como eles podem ter ou não a ver com a realidade do seu negócio, considerando o tipo de empresa que você conduz e as necessidades dela.
O picking discreto
É uma modalidade na qual cabe a um determinado colaborador começar e terminar o processo de separação de pedidos. Isso faz com que o risco de perda de dados com a troca de operadores seja praticamente eliminada, já que será um único profissional o responsável pela operação. Em contrapartida, essa estratégia apresenta limitações, principalmente para empresas maiores, já que consome maior tempo por parte do colaborador.
Consequentemente, em empresas que lidam com uma quantidade maior de produtos e processos, o picking discreto tende a não ser a melhor solução. Já para empresas menores, ele costuma ser bastante útil e até um procedimento intuitivo.
Para que esse tipo de picking funcione bem, é importante que o layout do armazém seja montado de acordo com o giro dos produtos, facilitando a movimentação do operador, que pode se dar por meio de carrinho ou outro equipamento.
O picking por onda
Assim como acontece no picking discreto, o picking por onda também concentra as ações em um único responsável, entretanto, isso precisa partir de um calendário elaborado de acordo com a demanda de prazos e entregas combinada entre a empresa e o cliente. Dessa forma, como uma onda, a separação dos pedidos é variável, sendo o acúmulo e o processamento determinados de acordo com um agendamento prévio.
Em resumo, o picking por onda pode ser dividido em 3 fases, que são.
- O agrupamento dos pedidos de acordo com critérios logísticos, que podem ser as rotas de distribuição dos produtos ou sua prioridade de envio, por exemplo.
- A atribuição de cada onda a um operador responsável. Será ele quem coletará os produtos de uma só vez, em um único percurso, dentro de um período determinado.
- A conclusão da preparação dos pedidos em uma área específica onde esses itens devem ser embalados, consolidados e, então, ordenados para a expedição.
Por conta disso, o picking por onda é uma espécie de modalidade mista entre o picking por zona e o picking por lote.
O picking por lote
Este é o processo mais indicado para quem lida diariamente com outra realidade no controle de processos no estoque. É o caso de empresas que costumam acumular pedidos para que o colaborador faça a separação dos itens de uma única vez.
A ideia é que as ordens sejam concluídas sempre ao mesmo tempo, de maneira que as separações sejam feitas por lote.
Com o picking por lote é possível, entre outros diferenciais, reduzir a quantidade de acessos ao estoque, pois cada percurso será destinado à coleta de um número elevado de unidades. A ideia é que cada operador faça a coleta de mercadorias de acordo com seu respectivo grupo em um mesmo deslocamento, o que pode ser simplificado com a adoção de tecnologias para fazer esse agrupamento.
Empresas que trabalham com itens muito fracionados, como é o caso de e-commerces, por exemplo, tendem a adotar esse modelo, uma vez que ele permite a diminuição da quantidade de volumes nas linhas de separação, pois a quantidade de pedidos individuais é menor para a separação. Isso gera ganho de produtividade e redução da mão de obra.
O picking por zona
Empresas cuja lógica de seu negócio permite que o armazém seja dividido por áreas, ou então, zonas, costumam trabalhar com o chamado picking por zona. Neste caso, as diferentes áreas servem como base para diferentes categorias de itens. Assim, logo que o pedido é realizado, a equipe separa o produto por zona, de maneira que a ordem só seja concluída após a finalização das coletas.
Um bom motivo para adotar esse tipo de picking é a identificação de disparidades dentro da equipe ou mesmo em relação aos sistemas adotados pela empresa. Um exemplo é quando a empresa conta com profissionais que divergem muito em termos produtivos para executar os processos. Com o picking por zona, é possível balancear a carga de trabalho entre diferentes zonas na busca por um padrão entre as equipes.
Como implementar o picking
Não basta apenas escolher a estratégia de picking que mais tem a ver com as características do seu negócio. É preciso ir além disso, implementando um processo estruturado, para que, de fato, ele tenha como trazer benefícios em termos de resultados para a sua empresa.
Isso pode ser construído a partir do passo a passo a seguir.
1. Organização das rotinas do armazém ou estoque
É muito importante que você seja capaz de transformar o espaço onde os produtos serão alocados. Isso geralmente começa com a preocupação com a estruturação das áreas e sua devida sinalização. Para que o colaborador atue de maneira intuitiva, seja sozinho ou dentro de um processo mais sofisticado, vale a pena pensar em meios para tornar as atividades sequenciadas, como forma de evitar perda de tempo na execução das ações.
Vale lembrar que os problemas, geralmente, acontecem quando existe uma distância entre as etapas do trabalho ou, então, quando há maior demora na assimilação dos processos.
2. Padronização dos recebimentos
A forma como você recebe os produtos e os registra no estoque é essencial para que a sequência do processo seja qualificada. É nessa lógica que o uso de um sistema avançado pode te ajudar a se diferenciar no mercado, já que soluções mais modernas e eficientes permitem facilitar ações, como a catalogação via leitura de código de barras.
Além disso, com critérios rigorosos para alocar os produtos, você consegue agilizar sua futura retirada mesmo por profissionais que estejam chegando no seu negócio.
3. Diferenciação entre os itens de acordo com sua rotatividade
Construir um picking de acordo com o giro dos produtos é uma medida-chave para simplificar os processos. É preciso combinar velocidade e precisão. Para tanto, procure alocar os produtos com maior giro nos locais de mais fácil acesso. Isso geralmente pode ser notado em empresas que posicionam seus campeões de vendas nas prateleiras inferiores, pois, assim, eles ficam mais próximos da retirada, facilitando os processos de embalagem de produtos e expedição pelos operadores.
Assista ao video abaixo e saiba como utilizar a curva ABC para a gestão de estoque e comercial!
4. Monitoramento
Por fim, é importante que você tenha como avaliar se a sua estratégia está realmente de acordo com as necessidades do seu negócio. Somente assim será possível de fato fazer com que o picking seja um aliado na transformação logística dentro da sua empresa.
Fique atento às atividades que estão sendo realizadas e, se possível, insira soluções tecnológicas que permitam automatizar os processos a ponto de simplificar a coleta de dados referentes ao recebimento de mercadorias. Assim, será possível uma futura análise detalhada deles, além de gerar benefícios como a diminuição na incidência de erros, a maior agilidade na conclusão de tarefas, a maior integração entre as áreas e a redução de custos.
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Como saber quais estratégias cabem na sua empresa
Existem alguns elementos que ajudam bastante na hora de avaliar as estratégias de acordo com o tipo de organização que corresponde à sua empresa. Entre eles estão a quantidade de mão de obra que você tem à disposição, uma vez que uma equipe mais enxuta costuma ser mais indicada para o trabalho com o picking discreto, por exemplo, enquanto times mais robustos tendem a ter melhor desempenho em soluções como o picking por zona.
Além disso, é preciso avaliar o tamanho do seu armazém e fatores como a quantidade de pedidos que são realizados e sua frequência, já que você pode rever sua estratégia, se houver mudança significativa no número de saídas. É o caso de empresas que lidam com produtos sazonais.
Outros elementos também são tão importantes quanto e, entre, eles estão o sortimento de mercadorias e medidas, a diminuição do tempo no processo de separação de pedidos e, claro, a economia de gastos que a implantação de uma nova estratégia pode trazer para o seu negócio.
Em resumo, basta ter atenção a aspectos que já fazem parte da rotina do seu negócio e procurar enxergar como cada estratégia pode ser útil dentro deles.
Principais vantagens do picking
O picking permite que a sua empresa sofistique os processos que vão desde o recebimento dos produtos até a sua entrega, fazendo com que a equipe conduza operações de acordo com a natureza do negócio. Assim, ao aplicar a estratégia de picking que mais tem a ver com o porte e a dinâmica da companhia, você tem como otimizar a liberação dos itens, reduzindo problemas como o excesso de tempo perdido no aprisionamento dos pedidos.
No geral, isso permite benefícios que vão muito além do simples cumprimento dos prazos nas entregas, algo que nada mais é do que a obrigação de toda empresa. O picking permite, também, que a sua empresa gere economia de custos com a armazenagem.
A realidade é que, quando planeja e estrutura adequadamente as atividades da sua empresa, a tendência é que você consiga promover o ganho de produtividade dela, algo essencial no que diz respeito à busca por uma evolução no seu negócio. Por isso, entender o que é o picking e como implementar é um recurso fundamental na busca pelo sucesso.
Por fim, é preciso reforçar que existem soluções que podem simplificar o trabalho com informações do picking. E o que é melhor, fazendo com que os processos se tornem acessíveis via dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Assim o responsável tem como acompanhar as movimentações de qualquer lugar, podendo agir mesmo diante de operações críticas envolvendo o estoque.
Como diferencial, isso é algo que precisa ganhar destaque, já que, nesse caso, sequer é necessário que o gestor se dirija a locais específicos para coletar e analisar informações. Ele pode contar com alertas preventivos emitidos diretamente ao seu smartphone para tomar decisões diante de falhas e ameaças de falhas, usando a mobilidade ao seu favor.
Em resumo, aliando a tecnologia a um processo que costuma gerar resultados, como é o caso do picking, sua empresa tem como se posicionar de maneira diferenciada já a partir da forma com a qual lida com o estoque, e assim obter ganhos significativos. Quer saber como o voice picking pode ajudar você a avançar ainda mais em relação a essa transformação? Então, confira como funciona a separação por voz.