É muito comum ouvir a respeito dos diferentes tipos de manutenção. A corretiva é a que geralmente mais aparece nas vidas das pessoas. Só que além dela existem também a preventiva e a manutenção detectiva.
Entender o que são elas e o que cada uma oferece é algo que pode acrescentar e muito nos cuidados com os ativos empresariais. No caso de veículos, isso tem especial importância. É por meio de uma política racional de acompanhamento e reparo que se pode aumentar a vida útil das unidades da frota e assim evitar gastos desnecessários.
Portanto, saiba o que é manutenção detectiva e entenda porque ela é tão importante.
O que é manutenção detectiva?
A manutenção detectiva é uma forma mais precisa de identificar problemas nos equipamentos. Isso porque ela representa algo que vai além da busca por problemas, identificando situações específicas para permitir a sua correção mais rapidamente.
A ideia por trás da manutenção detectiva, como o próprio nome sugere, é o de detectar algo. De preferência, falhas quase imperceptíveis. Como exemplo podem ser citadas pequenas peças desencaixadas ou fora do lugar.
Dessa forma, o alvo são sempre máquinas e equipamentos. Consequentemente, ações dessa natureza buscam diagnosticar falhas com potencial de:
- travar o funcionamento do sistema como um todo;
- comprometer a segurança dos envolvidos com o sistema;
- dificultar a realização de procedimentos mais complexos.
É por isso que esse tipo específico de manutenção é de grande valia. Especialmente para indústrias e fábricas que trabalham com ativos de maior porte.
Considerando a realidade de empresas que trabalham com frotas, a manutenção detectiva costuma ser um caminho seguro para garantir proteção aos condutores e veículos, além de criar meios para que a gestão tenha uma atuação mais sofisticada no controle de processos.
Qual a importância da manutenção detectiva?
Em um contexto de linha de produção industrial, a manutenção detectiva tem especial importância para ajudar a evitar falhas em sistemas. Principalmente quando elas são capazes de paralisar a produção ou levar a acidentes.
Dessa forma, esse tipo de manutenção tem como objetivo atuar na ampliação da vida útil dos equipamentos, em especial, daqueles que exigem um gasto maior.
É possível considerar a manutenção detectiva um segmento dentro da manutenção preventiva.
Para entender melhor: quando uma pessoa compra um carro novo, ela recebe o manual com as datas para a manutenção programada. Assim, toda a análise que é feita dentro dessa programação envolve os componentes eletrônicos e mecânicos. Os profissionais verificam peças, sensores e componentes em geral, sempre investigando se há desgaste ou outro problema.
Em resumo, estes são testes detectivos e eles geram dados. Esses dados permitem que o revisor identifique problemas de fabricação ou outros problemas que podem afetar o desempenho do motorista. Consequentemente é possível corrigir as falhas e evitar acidentes futuros. E isso envolve não só o veículo em questão, mas toda aquela linha de veículos.
No caso da indústria, isso está por trás da maior segurança em relação a:
- danos à companhia;
- problemas com o meio ambiente;
- vazamentos de resíduos tóxicos;
- riscos para o cliente;
- entre outros.
Os tipos de manutenção e onde se encaixa a preditiva
Vale lembrar que, em geral, podemos dizer que existem 3 tipos de manutenção:
- a preventiva;
- a preditiva;
- a corretiva.
Basicamente, a diferença entre elas é que a primeira acontece antes de o problema acontecer, a segunda, funciona como um acompanhamento da máquina ou equipamento, e a terceira ocorre sempre depois que o problema aconteceu.
Não é difícil entender que, por conta disso, a última costuma ser sempre a pior para os cofres da empresa. Por esse motivo, investir nas demais tende a ser a solução adotada por organizações bem estruturadas.
Entendendo essa divisão simples e mais genérica, a questão é que a partir dela, aparece uma série de outras possibilidades de manutenção.
A manutenção industrial, por exemplo, tem foco em produtos de escala industrial, ou seja, ela funciona de maneira a não interferir no ritmo da produção de uma indústria. Neste caso, a manutenção industrial pode se dar de maneira preventiva, preditiva ou corretiva, dependendo da abordagem em questão.
No caso da manutenção detectiva, estamos diante de um processo capaz de envolver especialmente práticas preventivas e preditivas, já que serve como acompanhamento do funcionamento de elementos como sensores, dispositivos e sistemas.
Como fazer a manutenção detectiva
Independentemente de qual é o ativo a ser submetido a esse processo, o mais indicado é que exista padronização. Portanto, confira o passo a passo na sequência.
Passo 1: o planejamento
Tudo começa com um planejamento. Nessa fase é preciso identificar os ativos a serem avaliados. É nesse momento também que são definidas as metodologias que serão colocadas em prática.
Passo 2: a preparação da equipe
Em seguida, é importante a empresa investir em capacitação técnica. Isso quer dizer que ela pode aplicar testes para fazer treinamentos e capacitações. Nesse contexto, será possível identificar possíveis falhas e conhecer as chamadas causas raízes.
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Passo 3: a criação de cronogramas
Em função disso será possível ter previsibilidade para criar cronogramas para a manutenção detectiva. Dessa forma, datas, horários e estimativa de tempo para as operações devem ser realizados.
Com previsibilidade é possível, inclusive, divulgar essas datas para os profissionais envolvidos, de modo que eles não sofram com impactos negativos em sua atuação.
Passo 5: os fluxos de trabalho
Também em relação a isso é fundamental criar fluxos de trabalho. Assim, no caso de uma falha ser identificada, haverá um passo a passo para lidar com ela. O ideal então é detalhar um processo para o início desse tipo de manutenção. É preciso tomar ações sempre em função de uma gestão de risco.
Passo 6: o mapeamento
O mapeamento de manutenções diz respeito a toda a organização do histórico dos testes realizados e resultados apresentados. Graças a ele, os profissionais terão como se guiar em direção às ações mais indicadas para cada abordagem.
5 vantagens da manutenção detectiva
Entendendo o conceito, chegou a hora de saber como esse tipo de manutenção pode gerar impactos positivos na realidade do seu negócio. De uma maneira geral, a manutenção detectiva é importante porque, atuando de maneira preventiva, ela evita que a empresa seja surpreendida com um problema maior, evitando procedimentos corretivos.
Além disso, ela se destaca pelos seguintes motivos.
1. Gestão inteligente de equipamentos
Com a manutenção detectiva é possível proteger os ativos das empresas. O fato é que, um diagnóstico realizado no momento certo permite a identificação de eventuais falhas antes que isso comprometa o equipamento. Em se tratando de um veículo, é algo que pode amenizar o desgaste e impedir o travamento bem quando o carro precisa ser usado.
Assim, situações que colocam em risco a segurança dos envolvidos podem ser amenizadas consideravelmente.
Pensando em termos de produtividade, é algo que permite maior vida útil para os veículos, sem falar na segurança para condutores e outros envolvidos no transporte.
Consequentemente, é uma forma de criar uma gestão inteligente de equipamentos.
2. Redução de custos desnecessários e imprevistos
Esse controle é o que diferencia empresas no cuidado com seus ativos mais importantes. Vale ressaltar que organizações que lidam com constantes reparos em seus equipamentos tendem a ser aquelas que pecam pela organização.
Logo, o simples fato de não terem uma política clara de manutenção leva a crer que podem ter que arcar com imprevistos financeiros ao longo de sua trajetória.
Se a sua empresa não consegue fechar um mês de acordo com o planejado, então é possível que a ausência de uma política clara de manutenção seja o motivo do problema.
Com foco na manutenção detectiva é possível evitar isso e passar tranquilidade para os condutores. O motivo é que eles terão como confiar nesse processo para saírem diariamente para as estradas.
3. Paradas programadas
Quando um veículo começa a dar problemas, o ideal é parar e analisar o que acontece. Mesmo que uma consequência imediata seja a perda de produtividade com um ativo parado. Neste caso, o gestor responsável deve se preparar para perder um dia ou dois de trabalho em função da solução do problema.
A questão é que com a manutenção detectiva, isso sequer é necessário. Com ela é possível trabalhar com paradas programadas, isto é, com a determinação prévia de quando os ativos serão alvo de procedimentos. Logo, a gestão pode separar seus veículos de maneira estratégica, considerando os períodos em que eles não serão tão demandados.
Assim, além de não ter sua produtividade afetada no dia a dia, ela consegue garantir maior vida útil para os ativos e gastar menos.
4. Capacidade produtiva
Ainda pensando nessas pausas programadas, podemos destacar o quanto isso pode ser interessante para os processos da empresa.
Pense em um gestor que, por exemplo, faz o mapeamento de toda a sua frota e operações. E faz de tal maneira que as paradas dos veículos aconteçam sem que as pausas para processos de checagem comprometam o dia a dia das entregas.
Neste caso, pode haver zero de interferência na rotina do negócio. E isso não é impossível de ser feito. O segredo é estudar o ciclo produtivo e mapeá-lo. Identificando os momentos em que determinada ausência não representa uma ameaça ao ciclo, ou seja, momentos de menor demanda, são nessas datas que as manutenções devem ser realizadas.
5. Mão de obra qualificada
Para trabalhar com a manutenção detectiva é preciso contar com mão de obra qualificada. Isso porque esse modelo exige maior capacitação tanto de técnicos quanto de gestores. Até porque ele precisa funcionar de maneira precisa para dar certo.
Sendo assim, é possível afirmar que a escolha por ele representa um ganho sob o ponto de vista estratégico. Isso porque profissionais qualificados e mais bem treinados costumam ser o alicerce na busca por bons resultados.
Da mesma forma, habilidades e competências precisam estar sempre sendo construídas e aperfeiçoadas. Entre outros motivos, porque as exigências desse tipo de manutenção mudam o tempo todo, de acordo com as novas tecnologias presentes na confecção de novos produtos.
Portanto, é preciso que a equipe esteja sempre evoluindo em relação a métodos, processos e soluções. A melhor maneira de se conseguir isso é por meio de treinamentos, que costuma ser o caminho natural para o sucesso de um negócio.
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Como a tecnologia impacta a manutenção detectiva?
Como visto, com a tecnologia é possível automatizar processos e isso ameniza e até elimina problemas como a incidência de falhas humanas.
Contando com recursos mais sofisticados, as empresas conseguem otimizar a manutenção detectiva e viabilizar uma série de processos referentes a esse universo.
De maneira geral, a tecnologia é essencial para a manutenção detectiva. É ela que torna possível que equipamentos sejam eles elétricos, sejam eletrônicos, assumam funções antes realizadas apenas por seres humanos.
O motivo é que, além de agir de maneira mais precisa, especialmente em se tratando de peças e equipamentos mais sensíveis, a tecnologia trabalha com a coleta de dados, que em maior volume, oferecem maior clareza para a tomada de decisão.
Também é importante citar que softwares e sistemas mais avançados trabalham com testes periódicos. Assim, é a tecnologia que faz com que eventuais parâmetros alterados sejam identificados o quanto antes. E isso facilita a ação dos responsáveis pelo reparo. Eles terão como fazer ajustes específicos, evitando problemas maiores.
Para tanto, existem soluções como:
- painéis de controle;
- sinalização de alarmes;
- computadores supervisórios;
- sistemas para testes;
- dispositivos de segurança;
- sensores de vazamento de ar comprimido;
- checklist online;
- entre outros.
Por que a manutenção detectiva pode ser útil para uma empresa?
É esse conjunto de soluções que permite que a manutenção detectiva seja inserida de maneira estratégica no negócio. Com elas é possível criar planos de ação, trabalhar com listas de checagem, levantar o histórico dos equipamentos e muito mais.
Consequentemente, é possível padronizar os processos e ganhar eficiência operacional. Essa costuma ser uma maneira inteligente de reduzir custos, especialmente, com despesas não programadas envolvendo reparos e consertos.
No fim, as empresas podem sofisticar o cuidado com seus ativos a partir dessa série de benefícios tecnológicos que aparecem quando elas trabalham com a manutenção detectiva.
Entendeu agora o que é manutenção detectiva e como ela pode ser útil para cuidar melhor da sua frota? Então saiba também tudo o que você precisa sobre estoque mínimo e estoque máximo.