Minimizar a depreciação de veículos de uma frota é sempre um desafio de uma gestão logística eficiente.
Um veículo perde seu valor de mercado logo que sai da concessionária. Assim, é preciso ter atenção a esse ativo dia após dia. Compreendendo essa dinâmica é possível criar estratégias e dessa forma prolongar ao máximo a valorização do patrimônio.
A pergunta que fica é: sua empresa consegue lidar com isso de maneira realmente eficaz?
Se você não tem uma resposta positiva para essa pergunta, então fique atento a este conteúdo. Nós vamos mostrar como reduzir riscos, custos e dores de cabeça com a depreciação dos veículos, otimizando seus controles internos. Saiba como.
Em primeiro lugar, o que define a depreciação de veículos da frota?
De maneira geral, a depreciação de veículos da frota é um processo natural que ocorre ao longo do tempo. Ele se deve ao desgaste, ao envelhecimento e à obsolescência naturais desse tipo de ativo.
Na prática, a depreciação nada mais é do que a diferença entre o valor de compra do veículo e seu valor de revenda. Isso quer dizer que, quanto mais tempo um veículo é utilizado, menor tende a ser o seu valor de mercado.
É importante destacar que existem vários fatores que influenciam a depreciação de veículos da frota. Um deles é o modelo, por exemplo. Determinadas marcas, de menor qualidade, tendem a se desvalorizar mais rapidamente do que outras.
Mesmo o tempo de vida do veículo é fator importante. Isso porque, quanto mais antigo o carro ou caminhão, maior costuma ser a sua depreciação.
Também é preciso citar outros fatores. Acidentes e danos ao veículo também podem acelerar sua depreciação. O mesmo acontece com a quilometragem, uma vez que, quanto maior a quilometragem, maior geralmente é a sua depreciação. Além disso, o estado geral de conservação do veículo também é um elemento que pode afetar sua taxa de depreciação.
No geral, gerenciar adequadamente a depreciação dos veículos da frota é fundamental para controlar os custos totais da frota. A falta de cuidado em relação a isso pode representar um grande impacto no valor gasto com esses ativos e comprometer na tomada de decisões sobre a substituição ou manutenção deles.
Além disso, gerenciar adequadamente a depreciação dos veículos pode ajudar a prolongar sua vida útil e até diminuir os custos associados à sua substituição.
Quais os indícios precisam ser levados em consideração pela gestão?
A melhor maneira de lidar com a depreciação é, primeiramente, exercer o controle preciso sobre o veículo. Comprando ativos criteriosamente e garantindo o seu melhor uso, além de fazer o acompanhamento por meio de revisões, fica mais fácil trabalhar com estratégias visando o melhor aproveitamento dos carros.
Entretanto, é inevitável que em algum momento, os veículos apresentem sinais de que se encontram em um estado inferior ao desejado. É então que eles apresentam os indícios de depreciação.
Saiba quais são eles na sequência.
Idade do veículo
Modelos mais antigos naturalmente consomem mais recursos e exigem maiores gastos com manutenção. Pior ainda quando são usados no dia a dia, o que tende a aumentar a demanda por consertos e problemas mecânicos. Por isso, muitas empresas criam políticas de troca de veículos com base em uma idade média ideal para revenda.
Para determinar o prazo adequado, é recomendável avaliar:
- o consumo;
- o desempenho e;
- custos médios das operações de cada veículo.
Também é possível utilizar ferramentas e soluções tecnológicas para obter informações e controles frequentes.
Aproveitamento dos veículos
O aproveitamento dos veículos no dia a dia é um fator importante na análise de depreciação de veículos da frota.
Caminhões, vans e utilitários têm capacidades limitadas de peso e características específicas de uso. Ao desrespeitar essas limitações, a empresa acaba acelerando a desvalorização dos veículos. Em alguns casos, ela pode causar problemas durante o uso deles. Portanto, é importante:
- respeitar as orientações das montadoras;
- evitar a sobrecarga dos veículos e;
- não ir além das limitações.
Boas práticas de condução
Outro fator que incide na depreciação dos veículos é o seu uso. O mesmo pode ser dito do estado de conservação. Por isso, é essencial observar como os motoristas conduzem os veículos. O ideal é a empresa ter uma política de frotas, além de oferecer treinamentos e orientações claras para os condutores.
Em resumo, soluções internas costumam ser tão importantes quanto a qualidade dos veículos que foram comprados.
Manutenções preventivas
É recomendável ter uma estratégia para as manutenções. Com um cronograma de manutenções preventivas, a tendência é que a incidência de eventualidades diminua drasticamente. E isso pode ajudar a empresa a não ser surpreendida com gastos fora de hora.
A dica é contar com tecnologias próprias para fazer um controle apurado das manutenções. Dessa forma é possível garantir abordagens sempre de acordo com as recomendações de fábrica dos veículos e da maneira mais eficaz possível.
Consumo de combustível
Ter atenção às operações é essencial para evitar depreciação por conta de desgaste. É isso o que permite que cada caminhão ou motorista seja monitorado de acordo com seus resultados.
Empresas que conseguem mensurar os detalhes envolvendo distâncias percorridas e litragem consumida, sabem extrair o melhor de cada trajeto.
Para tanto, a tecnologia também é útil. Com ela é possível levantar dados com exatidão e assim entender se o consumo está fora de controle. Também ajuda a repensar as viagens com critérios.
Quilometragem
A quilometragem de um veículo pode ser um indício de sua depreciação. Quanto maior a quilometragem, maior geralmente é a depreciação do veículo. Isso ocorre porque a quilometragem leva ao desgaste das peças.
Em média, os veículos brasileiros considerados novos têm uma quilometragem de 20.000 km. Assim, automóveis que rodam mais do que esse padrão podem sofrer uma depreciação maior. Ficar atento a esses números pode ajudar a exercer maior controle sobre os ativos e sua depreciação.
E quais os impactos da depreciação de veículos no negócio?
Veículos depreciados podem gerar uma série de problemas para a empresa, especialmente em relação ao valor contábil do ativo. Isso pode dificultar a revenda do veículo e reduzir seu valor de mercado.
Veículos desatualizados também podem ter baixa competitividade em relação aos modelos mais recentes. Isso pode resultar em consumo elevado de combustível. Assim será necessário fazer manutenções recorrentes, aumentando os custos operacionais da empresa.
Além disso, a depreciação dos veículos impacta diretamente o caixa da empresa. O valor dos veículos é parte integrante do cálculo do patrimônio dela e sua depreciação pode reduzir o valor contábil do ativo. Com o tempo, a frota pode se tornar obsoleta. Isso compromete a qualidade da prestação de serviço e aumenta os custos operacionais.
E como calcular a depreciação de veículos da empresa?
Existem duas maneiras principais de calcular a depreciação de veículos de uma empresa: o cálculo contábil de depreciação e o cálculo gerencial de depreciação.
Cálculo contábil de depreciação
O cálculo contábil de depreciação é usado para fins fiscais e contábeis. Ele é baseado na diferença entre o custo do bem e o seu valor residual, dividido pelo período de vida útil do bem.
Para entender melhor: considere que um veículo tem um custo de aquisição de R$ 50.000, um valor residual de R$ 10.000 e uma vida útil de 10 anos. Neste caso, a depreciação anual seria calculada da seguinte maneira: (R$ 50.000 – R$ 10.000) / 10 = R$ 4.000 por ano.
Cálculo gerencial de depreciação
Já o cálculo gerencial de depreciação é usado para controle interno da empresa. Ele pode ser calculado de diferentes maneiras, dependendo do objetivo e dos dados disponíveis. Algumas fórmulas consideram o valor do automóvel zero quilômetro, o valor residual, os anos de vida útil, entre outros.
Imagine que uma empresa adquiriu uma empilhadeira por R$ 100.000,00. Espera-se que a empilhadeira tenha uma vida útil de 10 anos antes de ser substituída. Após 5 anos de uso, a empresa decide vender a empilhadeira por R$ 50.000,00.
Para calcular a depreciação nesse caso, podemos utilizar a fórmula do valor depreciado:
Depreciação = Valor pago - Valor de venda
Depreciação = R$ 100.000,00 - R$ 50.000,00
Depreciação = R$ 50.000,00
Isso significa que o valor contábil atual da empilhadeira seria de R$ 50.000,00.
Como minimizar a depreciação de veículos em sua frota na prática?
Existem medidas que podem ser tomadas para minimizar a depreciação dos veículos em sua frota. A seguir, confira as principais.
Definir uma política de frotas
Uma política de frotas bem definida pode ajudar a minimizar a depreciação dos veículos em sua frota. Essa política deve incluir diretrizes claras sobre o uso dos veículos, como:
- limites de quilometragem;
- restrições de uso e;
- procedimentos para manutenção e reparos.
Além disso, a política deve estabelecer um cronograma para a substituição dos veículos, levando em consideração questões como idade e estado de conservação.
Oferecer treinamentos
Treinar os motoristas e funcionários responsáveis pela gestão da frota é fundamental para minimizar a depreciação dos veículos. Os treinamentos devem abordar temas como:
- melhores práticas de condução;
- manutenção preventiva e;
- uso adequado dos veículos.
É importante também que esses treinamentos sejam revistos e atualizados. Assim, é possível garantir que a equipe se mantenha em dia com as práticas mais adequadas.
Planejar a manutenção preventiva
A manutenção preventiva é uma das melhores maneiras de minimizar a depreciação dos veículos. Com ela é possível fazer verificações regulares para identificar problemas antes que eles se tornem mais graves. Além disso, a manutenção preventiva também inclui a troca regular de peças e componentes com vida útil limitada. É o caso de pneus, óleo e filtros, por exemplo.
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Realizar o monitoramento e a análise de dados
Tanto o trabalho com monitoramento quanto a análise de dados podem fornecer informações valiosas sobre o uso e desempenho dos veículos. Entre outras, podemos citar:
- dados sobre quilometragem;
- consumo de combustível e;
- desgaste das peças.
O interessante é que essas informações podem ser extremamente úteis para identificar padrões e tendências capazes de minimizar a depreciação dos veículos.
Investir em tecnologia de gestão
A tecnologia pode ser uma grande aliada contra a depreciação dos veículos em uma frota. Existem várias soluções tecnológicas disponíveis no mercado que podem ajudar em relação a isso. Entre outras, podemos citar:
- softwares de monitoramento e análise de dados;
- sistemas de rastreamento e;
- aplicativos móveis.
A realidade é que essas soluções podem fornecer informações em tempo real sobre o uso e desempenho dos veículos. E isso permite um controle maior sobre os ativos.
Qual é a importância da compreensão da depreciação de veículos em frotas para a gestão?
Compreender a depreciação de veículos em frotas é fundamental para a gestão eficiente desses ativos. E, posteriormente, para uma tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores. Entendendo que a depreciação é um processo natural que ocorre ao longo do tempo devido ao desgaste, envelhecimento e obsolescência dos veículos, fica mais fácil tomar medidas para minimizar esse processo e prolongar a vida útil de ativos tão importantes.
Em resumo, compreender a depreciação é importante porque permite à empresa tomar decisões informadas sobre questões essenciais para o futuro do seu negócio. São elas:
- quando substituir os carros e caminhões;
- como realizar manutenção preventiva e;
- como treinar os motoristas para prolongar a vida útil dos veículos.
A compreensão da depreciação costuma ser o caminho para que a empresa crie padrões e se organize visando um melhor desempenho no longo prazo.
A tecnologia nesse cenário
A tecnologia é uma excelente opção para diminuir os impactos da depreciação dos veículos na frota. Como visto, existem várias soluções tecnológicas disponíveis no mercado que podem ajudar na gestão da frota. É o caso de softwares de monitoramento e análise de dados, dos sistemas de rastreamento e dos aplicativos móveis. O motivo é que essas soluções podem fornecer informações em tempo real sobre o uso e desempenho dos veículos, permitindo uma gestão mais eficiente da frota.
Com o uso da tecnologia, é possível controlar o desgaste dos veículos com maior precisão e tomar medidas preventivas para prolongar sua vida útil. Além disso, a tecnologia também pode ajudar na gestão da manutenção preventiva dos veículos, garantindo que eles estejam sempre nas melhores condições de uso.
Em resumo, compreender a depreciação de veículos em frotas é fundamental para uma gestão eficiente desses ativos e para tomar decisões estratégicas nas empresas. Nesse sentido, o uso da tecnologia pode ser uma excelente opção para minimizar os impactos dessa depreciação e prolongar a vida útil dos ativos, resultando em economia de custos e aumento da eficiência operacional.
Agora que sabe sobre a depreciação de veículos, confira também no que ficar de olho pensando na redução de custos logísticos.