No setor logístico, a otimização do espaço do armazém, sem prejudicar a organização e a estocagem das mercadorias, é uma das principais preocupações do gestor. Assim, é possível afirmar que sistemas de armazenagem como o drive-in e o drive-through são as alternativas mais indicadas para alcançar esse objetivo.
No sistema drive-in e drive-through as mercadorias são acomodadas em paletes em espaços com poucos corredores, apenas para a entrada da empilhadeira para retirada ou entrada de produtos.
Nesse sentido, esses sistemas não são indicados para empresas com alta rotatividade de mercadorias, com itens com a validade curta, e que precisam ser subdivididos de modo fracionado. Portanto, essas estruturas são perfeitas para companhias que têm pouca movimentação de mercadorias e, quando ocorrem, são em grandes quantidades.
A escolha correta da estrutura do armazém faz toda a diferença para o negócio. Nesse contexto, é absolutamente fundamental levar em consideração as soluções necessárias para as atividades desenvolvidas pela empresa, tais como a separação, frequência e utilização dos produtos, a produtividade das operações logísticas, a capacidade de atendimento e a área total disponível para a estocagem, dentre outros fatores.
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Entender a diferença entre esses dois conceitos é fundamental para os profissionais que atuam na área logística. Quer entender melhor sobre esses dois sistemas de armazenagem? Então, continue a leitura deste artigo e descubra os principais pontos sobre o assunto. Confira!
Como funciona o Drive-in?
A estrutura de armazenagem drive-in é formada por montantes verticais, encaixados em trilhos e com braços ajustáveis e na mesma altura. Esses montantes são compostos por duas pilastras ligadas por diagonais e travessas, que manipulam um quadro rígido e vertical.
Essa estrutura dá origem a planos de carga horizontais, que permitem a locação dos paletes nos trilhos. É importante dizer que os blocos de base ininterrupta não têm vigas centrais, o que impossibilitaria a entrada e o manuseio de uma empilhadeira.
O sistema de armazenagem drive-in oferece eficiência e é considerado uma solução inteligente para uma operação logística. Dentre as principais características dessa estrutura de armazenagem, podemos citar:
- Carregamento e descarregamento independentes;
- Aproveitamento máximo do espaço;
- Oferece a armazenagem sazonal de produtos;
- Possibilita a sua extensão de forma facilitada, atendendo rapidamente às necessidades do cliente;
- Permite trabalhar com grandes quantidades de um mesmo material.
Vale destacar que o correto armazenamento no sistema drive-in é importante para que as cargas sejam acomodadas no fundo das prateleiras e em duas fileiras. O endereço deve ser fixado nas prateleiras, podendo ser posicionado de cima para baixo ou de baixo para cima.
Quanto às empilhadeiras, dentro desse sistema, devem estar posicionadas nos paletes armazenados nas prateleiras, permitindo o uso do método LIFO – last in first out – ou seja, o último que entra e o primeiro que sai, de acordo com as necessidades da empresa.
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Assim, esse sistema permite combinar as vantagens do armazenamento convencional com as do armazenamento em blocos, o que pode proporcionar uma maior proteção dos materiais, inclusive, permitir uma altura maior do empilhamento dos produtos, e, consequentemente, um maior aproveitamento de espaço.
Obrigatoriamente, no funcionamento de armazenagem drive-in, o primeiro que sai é o último que entra. Essa estrutura utiliza apenas de um corredor de entrada, no qual a carga e a descarga são realizadas em posições inversas. Portanto, a operação é especificada conforme o método LIFO, que simplifica a manipulação dos itens armazenados e diminui o risco de danos.
Como funciona o Drive-through?
O drive-through também é um sistema de armazenagem compacto e profundo para mercadorias em pallets dentro de armazéns. Nessa estrutura se tem um alto volume de um mesmo item e as entradas e saídas são sempre em grandes quantidades. Além disso, a movimentação pode acontecer pelos dois lados da estrutura, o que permite um livre trânsito da empilhadeira.
No entanto, é importante ressaltar que o que faz com que o sistema drive-through tenha uma maior capacidade de armazenamento por metro quadrado é o fato de não existir corredores. Isso porque, como são mercadorias semelhantes, não existe a necessidade de separar os produtos e o espaço que seria utilizado para esse fim, pode ser ocupado pelas próprias mercadorias.
Outra característica é que o sistema drive-through permite que as entradas e saídas de produtos sejam realizadas por ambos os lados da estrutura. Pode ser utilizado para operações LIFO e FIFO (First In, First Out), em que o primeiro pallet armazenado é o primeiro a ser retirado.
Quais são as principais diferenças entre drive-in e drive-through?
A ideia de drive-in e drive-through é, em síntese, a mesma: otimizar a capacidade de armazenamento. A diferença entre eles está na ordem de acesso àsmercadorias armazenadas: enquanto o drive-in utiliza o LIFO, o drive-through utiliza o FIFO, no qual o primeiro palete que entra na estrutura de armazenamento é o último a ser retirado.
O sistema drive-through exige áreas livres e com acesso aos dois lados da estrutura de armazenagem de mercadorias, pois os paletes precisam passar completamente pelo sistema. Já no sistema drive-in, os últimos paletes que entram na estrutura são os primeiros a serem retirados, ou seja, os produtos que foram armazenados por último (mais recentes) são os primeiros a serem retirados. Neste caso, é recomendado fazer a instalação desse sistema próximo a uma parede ou em áreas definidas.
De maneira geral, as vantagens e desvantagens de ambos os sistemas são bem parecidas. A principal delas é o maior aproveitamento do espaço com a verticalização.
Mas também podemos citar outros benefícios oferecidos tanto pelo drive-in quanto pelo drive-through, conforme a seguir:
- Excelente proteção para as mercadorias, com redução de quedas ou danos, independente de quantos paletes são armazenados;
- Prioriza a verticalização, o que permite a maximização do espaço, o que é bastante útil em locais com espaço horizontal limitado;
- Ambas as estruturas podem ser desmontadas e remontadas em outro local, o que oferece flexibilidade na realocação;
- Não há necessidade de investir em empilhadeiras específicas, portanto, não existem custos com maquinário especial;
- Em comparação com paletes convencionais, após a montagem do sistema, o espaço vertical ocupado é cerca de metade do ocupado pelo horizontal.
- Por outro lado, também existem algumas desvantagens:
- Investimento financeiro significativo para a implantação dos sistemas, o que para algumas empresas pode ser menos acessível;
- Tanto o drive-in quanto o drive-through não são indicados para mercadorias com alta rotatividade e com itens cuja data de validade é curta;
- A montagem do sistema pode impactar diretamente na rotina de trabalho e isso pode ser uma desvantagem, dependendo do faturamento da empresa.
Qual é a melhor escolha para o meu armazém?
Os sistemas drive-in e drive-through são indicados principalmente para as empresas de diversos segmentos que possuem grandes movimentações de produtos envolvendo um único item.
Nesse cenário, ambas as estruturas podem estar juntas e ocupar um espaço sem corredores, solução preferida das empresas com movimentações ocasionais e em grandes quantidades.
Uma boa estratégia é utilizar a estrutura drive-through para produtos que possuem alto giro de paletes fechados. Ao adotar esse tipo de sistema, as mercadorias podem ser estocadas de um lado e, do outro lado, serem expedidas. Desse modo, os fluxos são independentes, o que aumenta a produtividade tanto do setor de armazenamento quanto de expedição.
No caso da estrutura drive-in, também é necessária uma maior atenção na estocagem de produtos com validades diferentes. O indicado é ter somente um tipo de item em cada vão e seguir o modelo LIFO de armazenamento.
O drive-in também é indicado para as empresas que querem aumentar a capacidade de armazenamento, mas não possuem espaço disponível para essa ampliação. Essa estrutura permite a alocação de mais paletes em um menor número de corredores.
Conclusão
Investir em sistemas de armazenamento drive-in e drive-through exige uma análise cuidadosa, desde uma pesquisa inicial das necessidades da empresa até a instalação e integração eficiente entre esses dois sistemas.
Como já mencionado ao longo deste artigo, tanto o drive-in quanto o drive-through podem ser uma solução bastante atraente para as empresas que necessitam de alta densidade para a estocagem de mercadorias, e são especialmente vantajosos quando se aplicam condições como baixa rotatividade de produtos, itens com prazo de validade prolongado, movimentações ocasionais e em grandes quantidades, mercadorias de grande tamanho ou volume e que não precisam de separação fracionada.
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Por fim, vale dizer que, com uma abordagem estratégica e a devida atenção aos detalhes, o gestor logístico pode aproveitar ao máximo todos os benefícios oferecidos pelo drive-in e pelo drive-through.
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