Sem dúvidas, evitar a depreciação do caminhão está entre os principais desafios de uma gestão logística eficiente. Afinal, melhorar o aproveitamento dos veículos, reduzir custos com manutenções, controlar gastos rotineiros ou até mesmo saber a hora de substituí-los por modelos mais novos requer análises contínuas e estratégias bem elaboradas no dia a dia das operações.
Por outro lado, o advento de ferramentas tecnológicas de gestão de frotas e a aplicação de boas práticas e cuidados podem facilitar esse trabalho. Dessa forma, elas trazem resultados significativos para estender esse "prazo" de depreciação dos veículos da empresa e, consequentemente, torná-los úteis e produtivos por muito mais tempo.
Justamente por isso, nós preparamos um guia completo com dicas e informações de como evitar a depreciação do caminhão eu seu negócio e ajudar a manter suas operações eficientes, sem surpresas ou gastos extras com o transporte.
Acompanhe.
A partir de quando se inicia a depreciação do caminhão?
Exatamente na primeira virada de chave! Os veículos são considerados ativos imobilizados dentro de um negócio e, portanto, sofrem com a depreciação contínua a partir do momento de sua compra e conforme a sua utilização.
Sendo assim, quando o caminhão sai da concessionária para o pátio de sua empresa, automaticamente, ele perde o seu valor de mercado e dá início a esse processo de depreciação.
No entanto, não é necessariamente esse processo de depreciação "natural" imposto pelo mercado, que vai definir a eficiência e a produtividade do veículo no dia a dia. Pelo contrário! Esses fatores estão muito mais ligados aos cuidados, às boas práticas e à gestão de frotas que as empresas implementam em suas operações.
Em outras palavras, nada impede de um caminhão antigo render melhores resultados do que um modelo mais novo, desde que esteja em dia com suas manutenções e cuidados dos usuários.
Além disso, hoje, o as tecnologias aplicadas à gestão de frotas permitem ampliar o controle sobre os custos e gastos das operações, o que facilita na hora de mensurar qual veículo tem pesado mais no orçamento, e quando é a hora de substituí-lo.
A importância de evitar a depreciação do caminhão
Muitas empresas e organizações preferem criar regras e estabelecer prazos para a vida útil do caminhão. Ou seja, a cada 10 anos, por exemplo, os veículos são substituídos por modelos mais novos, independentemente da situação ou nível de conservação.
Porém, essa prática nem sempre é viável ou eficiente para todos os tipos de empresas. Afinal, requer investimentos altos e, em muitos casos, é possível que o negócio esteja se desfazendo de um bem que ainda seria útil por muito mais tempo nas operações.
Sendo assim, se a sua empresa não pretende se descapitalizar e é possível usufruir mais dos veículos comprados, a forma mais eficaz para melhorar o aproveitamento dos mesmos e por meio de uma boa gestão de frotas.
Entre os benefícios dessa estratégia, temos:
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Melhor controle de custos com manutenções;
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Valorização do bem na hora da venda;
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Melhor aproveitamento da capacidade dos veículos;
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Previsões mais assertivas sobre a vida útil de peças e dos caminhões em geral;
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Definição mais estratégica de um cronograma de manutenções preventivas;
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Controle mais amplo de gastos rotineiros nas operações (combustível, óleo, pedágio etc.).
Quais os fatores que mais colaboram com a depreciação do caminhão?
Há inúmeros pontos a serem levados em consideração para evitar a depreciação do caminhão nas operações logísticas, e, de fato, alguns passam desapercebidos no dia a dia dos gestores. Dentre eles:
Não seguir as revisões da montadora
Os caminhões novos saem das concessionárias com uma programação de revisões recomendada pela montadora, e que deve ser seguida à risca nos primeiros meses ou anos de uso do bem.
Essas revisões servem, justamente, para manter o desempenho do veículo por mais tempo nas condições de fábrica e, consequentemente, ajudam a reduzir os impactos da depreciação do caminhão.
No entanto, dependendo do volume das demandas e operações, nem sempre as empresas conseguem seguir essas recomendações, e acabam abrindo mão das revisões recomendadas.
Uso de peças paralelas
Uma prática comum no mercado é o uso de peças paralelas às originais na hora da manutenção, especialmente por conta dos preços mais vantajosos e da disponibilidade. Entretanto, isso pode significar riscos futuros e aumentar a necessidade de novos serviços mecânicos, o que, certamente, não compensa a economia.
Por isso, atente-se sempre às recomendações dos manuais do caminhão, evite serviços de baixa qualidade e o uso de peças não originais.
Baixo aproveitamento do veículo
Um veículo com a ignição ligada por muito tempo, mas sem o devido uso operacional, contribui com o processo de depreciação, além de aumentar os custos e gastos com combustíveis.
Além disso, viagens vazias ou o uso excessivo da capacidade do veículo também aceleram a depreciação do caminhão e aumentam as necessidades de abastecimentos, trocas de pneus, revisões das suspensões etc.
Em outras palavras, a má gestão das demandas e entregas de sua empresa também influencia na depreciação do caminhão e, portanto, deve ser planejada e controlada de forma estratégica e com inteligência.
Falta de manutenções preventivas
Outro fator importante, e que nem sempre é levado em consideração nas empresas, são as manutenções preventivas. Para isso, recomenda-se criar programações e cronogramas de revisões frequentes, antes mesmo do diagnóstico de problemas ou falhas no veículo.
Isso inclui, por exemplo, o rodízio de pneus, a verificação dos níveis de óleo, a indicação dos tipos de combustíveis utilizados, a higienização adequada do veículo, a checagem de determinadas peças (discos de freios, embreagem, faróis etc.), entre outros.
Condução inadequada dos motoristas
A falta de capacitação e de políticas internas bem elaboradas pode acarretar descaso e em más práticas de condução por parte dos motoristas. Sem dúvidas, isso influencia diretamente na depreciação do caminhão e pode ter impacto direto na eficiência das operações e no orçamento do negócio.
Para evitar isso, é fundamental que os profissionais sejam devidamente capacitados e passem por treinamentos e orientações frequentes, além, claro, de ser recomendada a criação de normas, regras, avaliações e até penalidades em caso de descumprimentos.
Manutenções demoradas
Outro fator que aumenta muito o processo de depreciação do caminhão são as manutenções demoradas, após o diagnóstico do problema. Em outras palavras, é quando surge um barulho diferente no motor, quando a direção puxa mais para um lado ou quando se nota o desgaste em um dos pneus, mas que aparentemente "dá para segurar mais um pouco".
Esse erro clássico é mais comum do que se imagina dentro das empresas e, obviamente, pode trazer problemas e custos muito maiores no futuro breve, inclusive, podendo comprometer a qualidade e o desempenho de determinada operação.
Além disso, essa postergação do problema contribui para a depreciação do veículo e pode acarretar o acúmulo de serviços.
Assista ao vídeo abaixo e confira o passo a passo para reduzir o custo de manutenção de frota!
E quais são as dicas e conselhos para evitar a depreciação do caminhão?
A partir dos fatores que vimos, já é possível rever algumas práticas e cuidados diários para evitar ou, pelo menos, minimizar os impactos do processo de depreciação do caminhão.
No entanto, muito além das boas práticas, hoje, temos uma grande aliada à gestão de frotas: a tecnologia.
Isso significa que contar com sistemas de gestão específico para frotas é o primeiro passo, não apenas para reduzir a depreciação do caminhão, mas também para controlar custos operacionais e melhorar o desempenho de seu transporte.
Com isso, destacamos as dicas a seguir:
1. Invista em um sistema de gerenciamento de frotas
Tenha controle total, desde os gastos com combustíveis em suas entregas até a troca de pneus de seu caminhão. Esses softwares de gestão de frota permitem ampliar a visão do gestor em relação a todos os custos intrínsecos de uma operação e, consequentemente, facilitam a mensuração do que está "pesando" mais em cada entrega, qual o veículo que gasta mais, qual o mais econômico etc.
Além disso, um sistema de gerenciamento de frota ajuda a empresa a criar programações de manutenção preventiva, a controlar gastos com consertos e compras de peças e permite cadastrar dados e informações da mão de obra contratada.
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2. Melhore o aproveitamento de suas operações
Muito além dos cuidados básicos com o veículo, o desempenho e eficiência de sua operação são fatores imprescindíveis para evitar a depreciação do caminhão no dia a dia.
Como destacamos, o uso inadequado dos veículos, seja em viagens vazias, seja com excesso de peso, é prejudicial e interfere na vida útil dos bens.
Por isso, uma gestão eficaz das entregas, das roteirizações e dos carregamentos também contribui para a qualidade e aproveitamento do seu transporte.
Sendo assim, reveja seus processos internos, invista em ferramentas adequadas para transporte (com o TMS), obedeça aos limites e capacidades de carga do veículo, busque por estratégias de fretes compartilhados e de retorno, para aumentar o aproveitamento do automóvel, entre outros.
3. Siga as recomendações da montadora
Além do controle das manutenções, é fundamental que sua empresa siga as recomendações e orientações das montadoras. Isso inclui, por exemplo, as revisões em concessionárias autorizadas e dentro da programação recomendada, o uso de peças originais, vistorias e a consulta frequente dos manuais de fábrica.
Além de aumentar o prazo da depreciação do caminhão, essa prática visa manter por mais tempo as condições da montadora, assegura determinadas garantias de fábrica e melhora o desempenho do veículo, evitando manutenções e gastos excessivos.
4. Invista na capacitação profissional de seus motoristas
Investir em treinamentos e consultorias é papel imprescindível em uma gestão logística eficiente, e isso deve incluir seus motoristas, também. Afinal, esses profissionais são os principais responsáveis pela conservação e bom desempenho do veículo no dia a dia.
Sendo assim, indica-se reforçar as boas práticas de condução nas ruas e estradas, criar regras e normas para os abastecimentos, limpezas e manutenções, além de estabelecer políticas claras e transparentes sobre o bom uso do caminhão.
5. Analise dados e informações das operações
Com a ajuda das ferramentas de gestão, é possível mensurar dados e informações úteis sobre cada veículo em operação. Esse processo é fundamental para a gestão de frotas, pois permite analisar o impacto de cada caminhão no dia a dia da empresa e, consequentemente, ajuda nas tomadas de decisão do gestor.
Por isso, crie uma rotina de emissão de relatórios, análises de casos, acompanhamento e comparação das operações, no intuito de definir melhor as programações de manutenções, uso estratégico dos veículos e até mesmo o tempo de troca por modelos mais novos.
6. Monitore gastos e investimentos
Por fim, uma gestão de frotas eficiente precisa estar a par de cada centavo gasto, tanto nas operações, como nas manutenções necessárias.
Mais uma vez, contar com um sistema de gerenciamento de frotas é estratégia fundamental para essas tarefas, mas é preciso, também, criar uma rotina de monitoramento dessas informações.
Afinal, a ideia não é apenas registrar quanto a empresa tem gasto com entregas e manutenções, mas, principalmente, mensurar e tomar decisões mais estratégicas sobre o bom uso dos veículos e evitar uma depreciação rápida demais.
7. Crie uma política de frotas
Além da capacitação de suas equipes, é fundamental haver uma política de frotas adequada e de fácil acesso aos funcionários, em especial, para os mecânicos e motoristas da empresa.
Sendo assim, cite os principais pontos e fatores sobre o bom uso do veículo, as práticas de conservação e manutenção, regras e normas impostas, possíveis penalidades por descaso ou descumprimentos, entre outros.
Permita o acesso constante desse documento nas redes e o instale de forma visível pelos corredores, cartilhas e manuais da empresa.
Em resumo, essas são algumas dicas de como minimizar ou eliminar alguns fatores que contribuem para a depreciação do caminhão em sua empresa. Como vimos, muito além de boas práticas, hoje, é fundamental que o gestor detenha de ferramentas tecnológicas adequadas para essa função e há diversas opções disponíveis de softwares e sistemas no mercado.
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